Na última quarta (15), os médicos do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem) iniciaram uma paralisação de advertência, suspendendo por oito dias os atendimentos aos pacientes dos municípios pactuados. A decisão se deu em protesto contra a falta de recursos financeiros para a manutenção do hospital.
O Hblem sobrevive com recursos do SUS e vem tendo a sua situação financeira agravada em função da limitação dos repasses no patamar de R$ 1,5 milhão por mês, insuficiente para cobrir as despesas, segundo dirigentes do hospital. De acordo com o secretário municipal da Saúde de Itabuna, Geraldo Magela, para mudar a atual situação do Hblem, ele aposta no entendimento e no diálogo com a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), chamando atenção para a importância estratégica do Hospital de Base, que possui a maior unidade de emergência do SUS no Sul da Bahia e atende a população de mais de 120 municípios do Estado.
A paralisação de advertência no Hblem foi decidida pelos médicos da instituição, em assembléia extraordinária. Os profissionais alegaram que os recursos destinados ao hospital não são proporcionais à demanda dos pacientes de Itabuna e dos municípios pactuados, quadro que também preocupa a Secretaria Municipal da Saúde.
Mesmo com todas as dificuldades, o atendimento no Hblem será normalizado no dia 23 de junho. Até lá, segundo comunicado dos médicos, serão realizados apenas os atendimentos de urgência e emergência, além do atendimento integral à população de Itabuna.
Segundo Magela, 60% dos pacientes atendidos no Hospital de Base de Itabuna vêm de outros municípios. A maioria deles tem pactuação com a Secretaria Municipal da Saúde, mas os repasses correspondentes a esses atendimentos não são feitos pela Sesab.
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